Bahia, Vitalmed e Projeto 15 se unem em campanha por conscientização sobre a Doença de Parkinson
Em alusão ao Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, celebrado em 11 de abril, o Esporte Clube Bahia, a Vitalmed — patrocinadora do clube — e o Projeto 15 uniram forças para desenvolver, em conjunto, uma campanha especial que busca dar visibilidade a uma das condições neurológicas que mais afetam pessoas em todo o mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 10 milhões de pessoas vivem com Parkinson em todo o planeta. No Brasil, são cerca de 200 mil diagnosticados, segundo a Associação Brasil Parkinson. Embora não tenha cura, a doença pode ter sua evolução desacelerada com o diagnóstico precoce, acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida. Mesmo assim, o tema ainda é cercado por tabus, estigmas e desinformação, o que reforça a importância de ações que tragam o assunto para o centro do debate, com empatia e clareza.
O ponto central da campanha foi a publicação de um audiovisual retratando a rotina de torcedores do Bahia diagnosticados com a doença. Personagens reais, com histórias reais, que convivem diariamente com os desafios do Parkinson, mas não deixam de viver todas as nuances de fazer parte da Nação tricolor. O vídeo mostrou que o Parkinson pode estar mais próximo do que se imagina, e que é preciso romper o silêncio, falar sobre a doença com naturalidade e garantir mais acesso à informação, com empatia e menos preconceito.
A campanha também contou com vídeos complementares publicados nas redes sociais do Clube, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a Doença de Parkinson e promover a conscientização da população. A convite da Vitalmed, a neurologista Dra. Isadora Ferreira participou do conteúdo, explicando de forma clara e acessível os principais sinais da condição, os critérios para diagnóstico e as possibilidades de tratamento. A médica também destacou a importância do cuidado contínuo, do acolhimento e do acesso à informação para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
O PROJETO 15
A iniciativa de conscientizar mais pessoas por meio da força do futebol, neste 11 de abril, partiu do Projeto 15, criado por Luiz Carlos Castelo Branco, publicitário, torcedor do Bahia e diagnosticado com Parkinson aos 40 anos. Por meio das redes sociais, Luiz compartilha sua jornada com a doença e, sobretudo, mostra o que tem feito para enfrentá-la: exercícios, disciplina, mudança de hábitos e, acima de tudo, esperança. Ele mostra que o diagnóstico não apaga a identidade de ninguém e inspira outros a fazerem o mesmo. Conheça o perfil: https://www.instagram.com/sigaprojeto15?igsh=M250ZWhmMTI3NWM=
Dando sentido ao nome do projeto, o ponto de partida de Luiz junto ao Projeto 15 foi conseguir cumprir uma meta pessoal muito clara: ter saúde para conseguir dançar a valsa de 15 anos junto a sua filha Malu, hoje com 8. E é com esse propósito definido que ele busca inspirar e educar sobre o Parkinson. Nas redes sociais, o Projeto 15 já reúne mais de 10 mil seguidores, engajados e conectados com a causa, alcançando milhares de pessoas com vídeos, campanhas e conteúdos que quebram preconceitos, aproximam a ciência do cotidiano e ressignificam a doença.
MAIS SOBRE O PARKINSON
Embora mais comum a partir dos 60 anos, o Parkinson também pode surgir precocemente, antes dos 40 anos, como é o caso de alguns dos atores reais que protagonizam a campanha. Esse é um dado pouco conhecido, que impacta diretamente a vida profissional, familiar e social de quem convive com a doença desde jovem.
O Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva que vai muito além do tremor — o sintoma mais conhecido. Entre os sintomas motores, estão: rigidez muscular, lentidão nos movimentos e alterações na marcha e no equilíbrio. Mas existem também os sintomas não motores, muitas vezes silenciosos e subestimados, como: transtornos do sono, ansiedade e depressão, fadiga intensa, dificuldades cognitivas, perda de olfato e distúrbios gastrointestinais.
Apesar de ainda não ter cura, o Parkinson tem tratamento e possibilidades reais de qualidade de vida. Acompanhamento neurológico, medicação adequada, fisioterapia, fonoaudiologia, prática de exercícios físicos, boa alimentação e apoio psicológico são pilares do controle da doença.
Diversos estudos científicos confirmam: a atividade física é uma das estratégias mais eficazes para retardar a progressão do Parkinson e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Exercícios regulares contribuem para: reduzir a rigidez muscular e os tremores, estimular a neuroplasticidade (capacidade do cérebro de se adaptar), melhorar o humor, o sono e a saúde mental, além de prevenir quedas e melhorar o equilíbrio.
Segundo a Parkinson’s Foundation, pacientes que se exercitam ao menos 2h por semana apresentam progressão mais lenta da doença em comparação com aqueles que são sedentários. Além disso, estudos da Universidade de Northwestern (EUA) indicam que atividades como caminhada, natação, ciclismo e dança ajudam a preservar habilidades cognitivas e motoras por mais tempo.